iRS GERAL
O iRS é um índice de desenvolvimento estadual criado a partir de uma parceria entre ZH e PUCRS. Todos os dados usados são oficiais e de fácil acesso. Significa que qualquer pessoa pode conferi-los e que os números são certificados. A meta é traduzir a realidade de quem vive no Estado. São consideradas três dimensões: padrão de vida, educação e longevidade e segurança. A exemplo do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)*, o foco é nas pessoas, não nas instituições ou no poder público. Até hoje, não havia um índice reconhecido no país, criado especificamente para avaliar os Estados. O iRS é o primeiro, com proposta de atualização anual.

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O que é IDH
Um dos indicadores mais conhecidos. Surgiu nos anos 1990 em contraponto aos índices que consideravam apenas a dimensão econômica do desenvolvimento. É calculado anualmente para países. No Brasil, também é estimado para Estados e municípios, por meio de dados do Censo, mas só a cada 10 anos. A última versão foi lançada no início do ano, tendo como base 2010.
Entenda a escala
Para obter um resultado comparável entre Estados, foi criada uma escala de 0 a 1, baseada em patamares mínimos aceitáveis e metas de desenvolvimento. Quanto mais perto de 1, mais próximo da meta. Quanto mais próximo de zero, mais distante.
A fórmula
É a média geométrica das três dimensões:

iRS = raiz cúbica de Padrão de vida x Educação x Longevidade e segurança
Passe o mouse sobre a sigla de cada Estado para ver o índice por ano.
ÍNDICE DE PADRÃO DE VIDA
Mede a qualidade de vida das pessoas no que se refere aos bens materiais. Para isso, usa como parâmetro a renda, isto é, quanto dinheiro cada pessoa ganha por mês. O Distrito Federal aparece em primeiro lugar por conta de uma característica atípica. Como reúne os principais órgãos públicos federais, grande parte da população trabalha no funcionalismo ou está de alguma forma vinculada a ele. É por isso, entre outros fatores, que a taxa de ocupação formal chega a 60% e a média salarial atinge a marca dos R$ 3,6 mil _ os dois melhores números do Brasil nesses quesitos. Para avançar os Estados em melhor situação têm uma característica em comum, a ser perseguida pelos demais: a inclusão produtiva de alto nível. Traduzindo: é preciso oferecer trabalho com carteira assinada e salários, no mínimo, iguais à média estadual.
Fonte utilizada: Rais*
O que é a Rais
A Relação Anual de Informações Sociais é uma base de dados do Ministério do Trabalho que informa quanto ganham os trabalhadores formais no Brasil. As informações partem das empresas e estão disponíveis online em portal.mte.gov.br/rais.

E os trabalhadores informais?
A Rais não inclui quem não tem carteira assinada, mas o Brasil vem aumentando muito o registro formal do trabalho. Com isso, os dados da Rais são um indicativo seguro da renda média no país e nos Estados.

Por que não usar o PIB?
O PIB reflete a geração de riqueza do Estado como um todo. Apesar de haver relação entre o aumento dessa riqueza e a qualidade de vida, o PIB per capita reflete a soma total dividida por todos os habitantes, o que não permite identificar, por exemplo, a distribuição de renda pelo PIB.
As variáveis
(A) Renda média dos salários, que oferece um panorama geral.

(B) Distribuição da renda, que mostra o grau de desigualdade.

(C) Ocupação formal bruta, que indica a proporção da população economicamente ativa com carteira assinada.

As metas
(A) O salário mínimo considerado necessário, calculado pelo Dieese. Exemplo: em março de 2014, deveria ser R$ 2.992,19.

(B) Baseada em um cálculo estatístico para saber quanto os dados variam em relação à média (coeficiente de variação), a meta é 1, que indica menor desigualdade, e vai até 2, de maior desigualdade.

(C) Ter pelo menos 65% de ocupação formal bruta.
O cálculo
A fórmula é a média geométrica das três variáveis. Fica assim:
Índice de padrão de vida = raiz cúbica de A x B x C
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ÍNDICE DE EDUCAÇÃO
É a parte do índice que mede a qualidade do aprendizado. Para isso, os indicadores adotados são o desempenho dos alunos nas séries iniciais e o grau de distorção entre a idade ideal para determinado nível de ensino e o ano em que estudam. Para avançar, o segredo é melhorar o aproveitamento nas escolas. Não basta aumentar as aprovações. É preciso ampliar a qualidade do ensino. No caso do índice em questão, garantir que os alunos obtenham bons resultados na Prova Brasil - uma das variáveis do indicador - é fundamental.
Fonte de dados: Inep*
O que é o Inep
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) é ligado ao Ministério da Educação (MEC) e promove pesquisas sobre o sistema educacional brasileiro, entre as quais a Prova Brasil. Os dados estão disponíveis online em portal.inep.gov.br
As variáveis
(A) Nota média padronizada em português e matemática da Prova Brasil no 4º ano, que indica desempenho e qualidade da educação nas séries iniciais.

(B) Taxa de distorção idade-série no Ensino Médio, que mostra o atraso dos jovens ao longo da formação básica.

O que é a nota média padronizada?
É um cálculo do próprio Inep, que fornece a média conjunta das provas de português e matemática com base em objetivos pré-definidos.
As metas
(A) Aumentar a nota padronizada tanto quanto possível. O ideal seria 10.

(B) Eliminar a distorção, isto é, todos os alunos estudando no ano certo.
O cálculo
A fórmula é a média geométrica das duas variáveis. Fica assim:
Índice de educação = raiz quadrada de A x B
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ÍNDICE DE LONGEVIDADE E SEGURANÇA
É a parte do índice que mede a expectativa de vida e o grau de violência ao qual estão expostas as pessoas. Os indicadores adotados são a taxa de mortalidade infantil e o de mortes violentas. Para entender por que São Paulo ocupa o primeiro lugar, vale examinar as três variáveis do indicador que são taxa de homicídios, mortes no trânsito e mortalidade infantil. Para avançar não tem saída: os números só vão melhorar nessa área se as taxas de homicídio forem reduzidas. Outro ponto importante, especialmente para os Estados do Nordeste, é conter a mortalidade infantil.
Fonte utilizada: Datasus*
O que é o Datasus
O Departamento de Informática do SUS é o órgão do Ministério da Saúde responsável por publicar dados relacionados ao sistema, de estatísticas epidemiológicas a números de mortalidade. Os dados estão disponíveis online. www.datasus.gov.br

As variáveis
As variáveis
(A) Mortalidade infantil, indicado altamente correlacionada à expectativa de vida nos Estados.

(B) Taxa de homicídios, que indica o nível de violência.

(C) Taxa de mortalidade no transporte, que reflete uma questão relacionada à saúde pública no Brasil.
As metas
(A) Máximo de nove mortes em cada mil nascidos vivos, uma a menos do que o patamar aceito pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

(B) Chegar a nove assassinatos em cada 100 mil habitantes, um a menos do que a OMS considera endêmico - em saúde pública, patamar abaixo do epidêmico, ou seja, alarmante.

(C) Chegar a nove assassinatos em cada 100 mil habitantes, um a menos do que a OMS considera endêmico.
O cálculo
A fórmula é a média geométrica das três variáveis. Fica assim:
Índice de longevidade e segurança = raiz cúbica de A x B x C
Passe o mouse sobre a sigla de cada Estado para ver o índice por ano.